sábado, 21 de janeiro de 2012

Mudanças, mais mudanças...

Quando nasce um bebê, nasce uma mãe.

Eu, que até então nem segurava recém-nascidos quando ia visitar na maternidade, vi todos os meus instintos maternos nascendo junto com aquele "bebezinho" (de 4.220g...kkkk).

Algumas habilidades digamos que vêm de fábrica, outras você adquire com o tempo.

Durante pelo menos 3 meses você é só um par de peitos e uma trocadora de cocô, esperando enlouquecidamente pelo início da interação daquele pedacinho de gente com você.

A licença maternidade é a oportunidade de ficar observando todos os movimentos e evoluções do seu bebê. Um período mágico que deveria durar bem mais...

Embora voltando às atividades profissionais, não tem jeito, o tempo que sobra é quase todo ocupado com a atividade de mãe. É preciso até tomar cuidado pra não esquecer do mundo, da família, do marido, dos amigos...

Aí como vc tenta fazer tudo ao mesmo tempo, adivinha de quem vc esquece?

Bingo: de você mesma.

Nesses dois anos, senti falta de fazer algo para mim e da rotina pesada.

Para 2012 decidi colocar um pouco o pé no acelerador para as coisas para mim. Para isso, vou ter que esquecer da culpa e dedicar tempo para isso, que consequentemente significa abdicar de um tempinho de mãe.

Eu tenho muita sorte. Minha mãe mora no mesmo prédio que eu e me ajuda demais. Para eu conseguir ter tempo para mim, o Pedro passa a voltar da escola de van. Ela vai pegá-lo e fica com ele até eu chegar. Isso vai me possibilitar mais tranquilidade e deixar de lado a neura do horário da escola.

Bom, claro que como qualquer outra mudança de rotina precisamos (veja o plural...) nos adaptar, para isso, dois dias antes de eu voltar das minhas férias ele passou a vir com a van.

Minha conversa com a tia do transporte:

- Então está tudo certo. E para esse primeiro dia tem alguma adaptação? Quer que eu vá junto, algo assim?

- Não mamãe, não precisa. As crianças vêm super bem, na van tem tv, tem as outras crianças, a tia... E se a mamãe vai eles podem ficar mais manhosos e não quererem ficar na cadeirinha e tal...

Eu, meio desapontada:

- Ah, tudo bem - tentando transmitir segurança.

Perto da hora da chegada da van, por um momento pensei em ir até a escola e ficar vendo de longe, kkkkk, mas aí segurei a louca que habita em mim, mas essa louca é forte, e 10 minutos antes lá estava eu na portaria.

Quinze minutos pareceram uma eternidade, até que ele chegou. Sentadinho, bonzinho e conversando com o amigo.


Quando me viu abriu um largo sorriso e gritou:

-Oi, mamãe! - todo feliz.

Perguntei pra tia se ele não tinha estranhado, chorado. Claro que não.

Para arrematar tudo, logo depois de me falar oi ele soltou, sorrindo:

- Mãe, eu vim de carro grande!

É, preciso me adaptar a toda essa independência...


sábado, 14 de janeiro de 2012

A gente sempre quer acertar

Uma coisa é fato. A gente sempre quer acertar. Em tudo. Claro que com filho não seria diferente.

Mas... existe um sentimento que pode atrapalhar um pouco o sucesso dessa empreitada: a culpa.

Me arrisco a dizer que 99% das mães se sentem culpadas por alguma coisa em relação aos seus filhos.

Ou pq ela acha que não tem tempo para o filho pq tem q trabalhar; ou pq decidiu não trabalhar pra cuidar do filho e isso lhe trouxe frustrações profissionais e/ou financeiras; pq decidiu colocar na escola e ele vive doente; pq decidiu contratar uma babá e fica neurótica pensando se a fulana não maltrata seu filhote...

Não fosse 'só' isso, ela ainda se culpa por muitas vezes não conseguir dar a atenção que dava ao marido qdo não tinham filhos; pq a pochete insiste em habitar sua região abdominal; pq não tem tempo pra malhar e muito menos de relaxar tomando um choppinho com as amigas e, só pra deixar a vida mais fácil, as que trabalham são cobradas diaramente no seu trabalho por resultados.

Pensa que é fácil?
Não, não é.

Aí vc se depara com um serzinho que te tem como exemplo e que você tem que impor limites pra educar, aplicar tecnicas de disciplina pra que ele não se torne um monstrinho e que, claro, quer brincar muito com vc.

Aí essa criancinha linda, te testa o tempo todo. Te desafia e está sempre alerta para ver se você não vai fraquejar com aquilo que impôs. Se vai fazer vistas grossas quando ele bater em alguém ou vai ser vencida pelo cansaço e deixá-lo pegar uma coisa que negou veementemente.


Gostaria muito que o meu filho entendesse com mais facilidade que ficar sentado por dois minutos enquanto pensa no que de errado fez é para o seu bem. Que ele precisa de limites e digo mais: ele os quer.


Outra coisa que eu gostaria que soubesse: te deixar de castigo dói mais em mim do que em você, filho.

É. Educar não é fácil. Mas eu, como toda mãe, tô tentando acertar.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O cineminha nosso de cada dia

Eu e o Fabio adoramos ir ao cinema, e estamos passando isso para o Pedro.

Esses dias ele disse que queria passear, eu perguntei 'onde?' e ele me disse: "no cinema". Aí fomos assistir ao Gato de Botas.

O primeiro contato com a tela grande foi com um ano e meio, atraves do Cinematerna.

Esse é um projeto incrível, o cinema é todo adaptado para os bebês. Tem trocador, não é totalmente escuro e o som é mais baixo. Ideais para mamães em licença maternidade!

Por duas vezes fui nessas sessões, mas ele tb já foi em sessões normais e curtiu tanto quanto.

Como os filmes são longos, ele não aguenta até o final, mas enquanto está esperto super interage com o filme, prestando atenção nos personagens, no que fazem e também pergunta o tempo todo as coisas pra mim. É muito legal.

Se você ainda nao levou seu pequeno, não perca tempo, desperte o bicho do cinema nele!

Aproveite que nas férias estreiam vários filmes infantis e se joga na poltrona!

Para mais informações do Cinematerna, é só clicar aqui.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Ele não é mais bebê

Todo processo de mudança e transformação gera dor.

Para a mãe não é nada diferente...

Parece que foi ontem que o Pedro começou a ir para a escola e eu postei lá no Casal de 30 (cujas postagens eu preciso saber como resgatar...) que eu desejava muito que ele fosse bem cuidado, que as tias gostassem e cuidassem dele e, principalmente para aprender as coisas novas à noite ou aos finais de semana... Que me surpreendi com sua rápida adaptação e com seu desenvolvimento.

Pois bem... Agora ele passou do berçário para o mini maternal e, acreditem, é um passo e tanto!

Agora ele tem atividades, vai ter até apostila, come sozinho, está começando o desfralde e está sofrendo o processo de ficar mais tempo sem a sua pepeta...

Tá achando pouco? Mudou de sala na escola, de professora e tem alguns novos amigos. Tem também uma malinha nova e vai usar uniforme.

Ele está tirando de letra!

Ficou super feliz com as novidades e hoje, se o tempo ajudar, vai ter até piscina com os amigos.

Mas....sempre tem um "mas". Tem a coisa de mãe...

A coisa de se sentir desamparada pq a agenda agora vem só com um monte de "x" e não mais com informações do que ele comeu, de que hora dormiu, se fez cocô ou não.


Enfim, a coisa de saber que seu menininho está crescendo...

Sei que em sua vida surgirão tantas outras descobertas e coisas realmente grandes, mas essa é a etapa da vez.

E mais uma vez ele me surpreende: enquanto lá eu ia, arrancar, como uma leoa, todas as informações possíveis das professoras sobre o meu filhote e sua nova rotina, ele estava feliz da vida, puxando sua malinha nova do Toy Story.


E nasce mais um blog...

Um filhote de 2 anos. A cada dia uma descoberta, uma novidade e a vontade de eternizar cada uma delas e não só jogar no buraco negro do Facebook.
Foi por isso que nasceu esse blog.

E também pq eu estou de férias e está sobrando tempo, hehehehhehhe.


Como eu tenho várias amigas que têm filhos (da mesma idade, uns um pouco mais velhos, outros mais novinhos, tem aquelas que tem gêmeos, algumas que acabaram de ter e há até quem tenha acabado de descobrir que vai ser mãe), estava sentindo falta de escrever e a cada dia tenho uma história nova pra contar, achei que tava aí uma boa combinação.

Se você é mãe, ou não, fique à vontade pra ler minhas 'coisas de mãe' e para compartilhar as suas também.